Ufa.

Vocês podem levar esse post a sério ou podem achar que eu estou ficando maluca.
Na real, a segunda opção é mais provável.
Mas ok, vocês vão perceber que não é lá do meu feitio escrever textos desse jeito (não mesmo lol), mas senti uma necessidade extrema de escrever algo, nem que seja pra desabafar um pouco. É muita coisa acontecendo nesse ano, tantas coisas pra pensar, muito pouco tempo pra fazer as coisas que preciso fazer, indecisões, melancolia, uma saudade absurda de algumas pessoas que há muito não abraço, converso etcetera e uma confusão mais absurda ainda de sentimentos que durante muito tempo achei que não poderia sentir.
Mas, como faria Jack, o Estripador: vamos por partes.

Estou me sentindo muito cansada esse ano. Em parte por causa da rotina de estudos que esse ano está intensa (escola + cursinho pré-vestibular + curso de inglês), outra parte porque simplesmente não aguento muita coisa. Sou preguiçosa por natureza, cansada por natureza e, pior ainda, esgotada por natureza. Só continuo fazendo tudo isso porque eu quero muito fazer a minha faculdade linda e maravilhosa para daqui a seis anos mais ou menos poder descansar um pouquinho. Mas só um pouquinho, porque aí tenho que trabalhar né. Anyway, eu já não durmo direito (nunca consegui ter uma noite de sono tranquila, não durmo mais do que cinco/seis horas por noite, esse ano então...) e minha mãe e minha avó vivem me enchendo o saco por causa da minha alimentação (que, aliás, eu não dou a mínima, eu estando de barriguinha cheia já está de boa, não me interessa o que eu como). E, venhamos e convenhamos, tomar café-da-manhã às seis da matina NÃO É DE DEUS NÃO. E eu nunca fui lá muito de esportes. O máximo que faço é futebol nas olimpíadas da escola e peteca na hora do recreio. Fora isso, é muito raro me achar em uma quadra jogando qualquer coisa. Até porque, sou uma negação nos esportes. Tipo, SÉRIO. NEGAÇÃO. Nunca queiram me ver jogando. NUNCA.

O terceiro ano não está sendo como eu queria. Não mesmo. I mean, desde o ano passado a gente vem falando dos micos, pensando nas festas e tudo o mais, e a única coisa que a gente tá fazendo é jogando peteca no recreio. E esse lance da peteca começou porque um belo dia eu perguntei pra uns amigos do SEGUNDO ANO se eles queriam jogar peteca, daí desse dia pra cá juntam mais ou menos umas 30 pessoas no meio do pátio pra jogar CORTA 3 (sim, corta 3 com uma peteca no meio do pátio da escola, você não entendeu errado). Mas os micos mesmo que é bom foram uns cinco ou seis, nem isso. Além disso a minha turma não vai fazer festa (o que na verdade é até bom), mas não me perguntem o que o povo vai aprontar porque a única coisa que foi confirmada foi a nossa ida à Pousada do Rei, que a escola meio que dá de presente pros terceiros anos. É só a gente não dar um puto azar de marcarem a pousada pro dia da prova do ENEM, ok, porque com a nossa sorte... A única coisa de que eu não tô reclamando esse ano são as minhas notas, até porque eu não tô nem aí pra elas (nunca liguei, ainda mais esse ano que tô estudando o dia inteiro). E também não reclamo das aulas de física. Até porque... entendedores entenderão (Victor, Débora, alguém lol).

Eu estava apaixonada. De novo. Estava, no passado, porque me livrei disso. De novo. I mean, estou tentando me livrar. De novo. Primeiro porque se apaixonar é coisa do capeta (já tive essa experiência e não foi nem um pouco legal). Segundo porque me apaixonei pela pessoa errada. Só pra variar. De novo. Pior de tudo é que uma amiga me disse "Ana, só não apaixona porque você sabe que não vai dar em nada.". Deveria ter ouvido o conselho. Claro que deveria ter ouvido o conselho. Deu no que deu. Estou aqui quase deprimida. De novo. Por coisa besta. DE NOVO. Ad eternum.
Depois ainda têm a cara de pau de falarem que já tá na hora de arranjar um namorado. O próximo que falar isso vou mandar tomar no meio do cu. Sem rodeios.
E ainda tenho que 1- agradecer à minha amiga e 2- pedir desculpas por: 1- me avisar; 2- eu não a ter ouvido.
Ok, eu sei que não vou conseguir cumprir essa última coisa (esquecer lol). Mas deixa pra lá.
Só pra deixar claro que eu não vivi essa paixão como eu queria. Nem mesmo cheguei a falar pra pessoa que eu tava apaixonada (sim, já fiz isso uma vez na cara de pau e quebrei a cara), e provavelmente não farei isso por enquanto. Por enquanto. Talvez ao final do ano eu faça isso. Ou não. Não sei ainda. É muita confusão pra uma mente só.

Preciso. De. Espaço. SÉRIO. Não espaço físico, é mais um espaço mental. Tem gente que acha que só porque eu fico estudando o dia inteiro eu não tenho o direito de pensar em outras coisas além do estudo. CA-RA-LHO. Acham que eu tenho que ficar o fim de semana inteiro com a cara enfiada na apostila fazendo atividade. Eu já estudo o dia inteiro, a semana inteira, me deixem em paz ao menos aos sábados e domingos que eu não tenho simulado. Ao menos na parte da tarde ou da noite. Me deixem fazer o trabalho de química pensando no livro que está me esperando em cima da minha cama. Me deixem fazer meus deveres de física depois de combinar uma ida ao cinema com meus amigos.
Aliás, eu tenho amigos, viu? Amigos que eu sinto falta de sair com eles à toa, sentar em uma mesa na praça da alimentação e bater papo, sem nenhuma obrigação, depois de assistir (ou não) um filme que nenhum de nós prestou atenção nem entendeu a história. Amigos que sabem que me fazem falta, amigos que talvez estejam tão ocupados quanto eu, amigos que eu quero de volta, amigos que estão sempre me mandando mensagem, amigos que eu amo. Amigos que há muito não vejo. Amigos importantes. Amigos mais importantes ainda.

Espaço. Apenas isso. Um pouco de liberdade em meio às proibições. Um pouco de ar puro. Ar puro me ajuda a pensar.

Acho que tem mais.

"Nossa Ana por que você não tenta Medicina?" "Ana você é tão inteligente, vai tentar Medicina?" "Ana, você entende tanto de biologia, vai tentar algo relacionado à Medicina?" "Ana, Medicina seria tão bom pra você!" "Nossa, vai fazer essa coisa que eu nunca ouvi falar? Por que não vai fazer Medicina, você se daria tão bem!". NÃO. CARALHO. EU. NÃO. SIRVO. PRA. MEDICINA.
No meu cérebro tem GEOLOGIA marcado à fogo. Sacou?

That's all folks.

Por enquanto.